O facto de o nonagenário Presidente dos Camarões não ter aparecido em público nos últimos mês levou o país centro-africano a um estado de incerteza e especulação.
O Presidente Paul Biya, 91 anos, no poder desde 1982, era esperado em Nova Iorque no mês passado para a Assembleia Geral da ONU, mas não apareceu. Também não compareceu na cimeira da Francofonia, realizada recentemente em França.
Nos Camarões, estas duas ausências significativas alimentaram a especulação sobre a saúde e o paradeiro de Biya. O governo até chegou a comunicar que Biya estava bem de saúde, mas não revelou a sua localização.
Os camaroneses não têm notícias oficiais do seu chefe de Estado desde 8 de setembro, quando a presidência anunciou que Biya e a esposa Chantal tinham deixado Pequim depois de participarem na cimeira China-África.
Desde então, o paradeiro de Biya continua a ser um mistério. O Presidente costuma passar uma parte significativa do ano no estrangeiro, mas a sua última ausência provocou receios entre os camaroneses de todo o país e nas redes sociais de que tivesse morrido, algo a que o Governo se referiu como “pura fantasia”.
Os Camarões estão atualmente a braços com um prolongado conflito armado separatista nas regiões anglófonas e com uma operação de contra-insurreição contra o Boko Haram no norte do país.