Moçambique vai realizar hoje eleições presidenciais e legislativas.
O partido Frelimo, que governa o país desde a sua independência em 1975, deverá manter o controlo do poder. O seu candidato, Daniel Chapo, é o grande favorito para substituir o Presidente cessante Filipe Nyusi, que completou dois mandatos.
O candidato independente Venâncio Mondlane, um banqueiro cujos comícios têm atraído grandes multidões, é considerado o mais forte dos três outros candidatos principais. Há também que contar com o candidato presidencial da Renamo, principal partido da oposição moçambicana, Ossufo Momade, que prometeu acabar com a corrupção e proporcionar aos pobres duas refeições diárias, qualificando de “ladrões” os rivais da Frelimo.
Todos os candidatos prometeram resolver os problemas de desenvolvimento ligados a uma insurreição islamista na província de Cabo Delgado, no norte do país, rica em gás. Os rebeldes afiliados ao Estado Islâmico mataram milhares de pessoas e forçaram 1,3 milhões de pessoas a fugir das suas casas desde 2017. Os seus ataques também levaram à suspensão de um projeto de gás natural liquefeito da empresa francesa TotalEnergies, no valor de 20 mil milhões de dólares.
Cerca de 17 milhões de eleitores da nação de cerca de 30 milhões de pessoas estão registados para votar no próximo presidente, bem como em 250 membros do parlamento e das assembleias provinciais. A comissão eleitoral anunciará os resultados ao fim de 15 dias, antes de serem validados pelo Conselho Constitucional.