A inflação homóloga do país, diminuiu pela primeira vez nos últimos 16 meses, chegando a 30,53%. Isso pode significar uma possível inversão da tendência de aceleração de preços. A inflação mensal foi de 1,61%, o valor mais baixo desde agosto de 2023.

Continuando esta tendência, espera-se uma inflação homóloga entre 25% e 27% no final do ano, podendo atingir até 29% devido a possíveis aumentos nos preços dos alimentos e bebidas nos últimos três meses do ano. Em Luanda, a inflação homóloga caiu para 40,56% em agosto, mas a expectativa é que diminua ainda mais até o final do ano, chegando a valores entre 31% e 33%, ou até 35% em caso de aceleração nos preços no último trimestre.

O sector com maior crescimento foi a Educação, com um aumento de 15,47% em Luanda e 8,8% no país, principalmente devido ao ajuste das propinas para o novo ano letivo. No entanto, devido ao seu baixo peso no ponderador final, a taxa mensal não sofreu um aumento significativo. As variações na classe “Alimentação e Bebidas não Alcoólicas” têm o maior impacto na inflação devido à sua alta ponderação no cálculo final.

Controlar o crescimento dos preços dos produtos alimentares é essencial para baixar a inflação em Angola. Em relação aos preços dos alimentos, houve uma inversão na tendência de aumento, com um crescimento acumulado de cerca de 22% desde o início do ano, sendo este valor considerado abaixo do que acontece na realidade por alguns especialistas.

Comparativamente a agosto de 2023, houve uma desaceleração da taxa mensal de inflação, tanto em Luanda quanto na média nacional, diminuindo o gap entre a inflação homóloga na capital e nas outras províncias. Em agosto, Luanda foi apenas a 11ª província no ranking do aumento de preços, liderado por Namibe, Bengo e Cabinda. Esta queda pode quiçá indicar uma convergência dos níveis de inflação entre Luanda e outras províncias.