É evidente que a suposta viagem de Biden, o presidente dos EUA, a Angola é uma boa notícia.

Contudo, há que esclarecer um aspecto fundamental. Angola precisa de dinheiro e investimento. Tinha-o da China, mas acabou há já algum tempo. Neste momento, a China é um dos sufocadores financeiros do país. No entanto, os EUA são peritos em Marketing e Engenharias financeiras, anunciam milhares de milhões, que depois nunca se vêem, e percebe-se que não passam de anúncios em powerpoint e intenções financeiras que podem não se concretizar. A técnica americana é pegar em 10 dólares e transformá-los com uma magia em 10 milhões de dólares.

Ora, não é isso que Angola precisa. Angola precisa de investimento puro e duro, de acesso aos mercados internacionais, de acesso ao dólar, e de uma plena integração na economia global com apoio americano.

Portanto, a vinda de Biden é positiva, mas tem de se traduzir a investimentos e compromissos concretos, que especificamente, contribuam para o desenvolvimento sustentado de Angola e para a libertação do garrote financeiro da China.

Já agora, os EUA poderiam ajudar Angola e pressionar o Dubai a cumprir as suas obrigações face ao direito internacional, o que não tem acontecido.