De acordo com a segunda edição do Inquérito ao Emprego em Angola, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística, a taxa de desemprego no segundo trimestre do ano foi de 32,3%, o que representa uma ligeira melhoria de 0,2 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O relatório aponta que a taxa de desemprego é mais elevada entre as mulheres, atingindo 34,2%, enquanto entre os homens é de 30,2%. O número total de pessoas desempregadas foi estimado em 5.764.313, sendo 2.617.381 homens e 3.146.932 mulheres. O inquérito revelou que a população economicamente ativa, ou seja, com mais de 15 anos e apta para o trabalho, no segundo trimestre deste ano, foi de 17,8 milhões de pessoas, refletindo uma taxa de atividade de 91%, o que representa um aumento de 2,6% em relação ao trimestre anterior.

Relativamente à população empregada, o número foi estimado em 12.108.854, sendo 6.047.617 homens e 6.061.237 mulheres. Além disso, a taxa de emprego foi estimada em 61,6%, sendo que a taxa na área rural é superior à área urbana. Em relação à distribuição de emprego por género, a taxa de emprego entre homens (63,9%) é superior à das mulheres (59,5%). A taxa de desemprego entre os jovens foi registrada em 37,8%.

Finalmente, este inquérito revelou também que a maioria das pessoas empregadas estava envolvida em sectores específicos, com 44,8% a trabalhar nas áreas da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, e 22,4% no comércio a grosso e a retalho.

Os resultados deste Inquérito ao Emprego em Angola indicam que a taxa de desemprego no segundo trimestre mostrou uma ligeira melhoria em comparação com o período homólogo, com disparidades significativas entre os géneros, áreas urbanas e rurais, bem como uma concentração de emprego em sectores como agricultura e comércio. Confirma também que ainda existe um longo caminho a percorrer.