O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que a África do Sul precisa de prosseguir uma consolidação orçamental ambiciosa para restaurar a sustentabilidade das suas finanças públicas.
A declaração surge na sequência de uma visita do FMI à África do Sul no início de julho para realizar uma “avaliação pós-financiamento” após o seu empréstimo de 4,3 mil milhões de dólares ao país em 2020 para o ajudar a combater o impacto da pandemia da COVID-19.
“É necessária uma consolidação duradoura baseada na despesa de pelo menos 3% do PIB nos próximos três anos para colocar a dívida numa trajetória descendente sustentada, protegendo simultaneamente os grupos vulneráveis”, afirmou o FMI.
O Fundo referiu também que o novo governo da África do Sul deve basear-se numa agenda de reformas pré-existente, procurando acelerá-las e ser mais ambicioso.
O Congresso Nacional Africano da África do Sul formou uma ampla coligação com vários partidos, incluindo a Aliança Democrática, favorável ao mercado, depois de ter perdido a sua maioria parlamentar pela primeira vez em 30 anos nas eleições de maio.
O FMI destacou o aumento da dívida, o elevado desemprego, o declínio do produto interno bruto per capita, a desigualdade e a pobreza como alguns dos problemas que afectam a economia sul-africana.
O Tesouro Nacional da África do Sul afirmou que as conversações com o FMI foram construtivas e que o governo estava concentrado em melhorar a situação fiscal e em alcançar um crescimento económico inclusivo que permitisse combater a pobreza e a desigualdade.