Vai um vendaval por bandas do MPLA. A divisão interna é indesmentível.

Se parte desta agitação se deve à tentativa das forças vítimas do combate à corrupção, que mantêm uma larga representação no MPLA, de voltar ao poder, outra parte, deriva da incerteza que João Lourenço cultiva. Essa incerteza está-lhe a ser negativa e abre espaço a todas as alternativas.

Ninguém sabe o que João Lourenço quer para 2027, um terceiro mandato, a mulher como Presidente, umas primárias internas, Adão Almeida, o general Tapioca…Não se sabe. Ao não se saber, cada um diz o que quer. É uma lei da física ocupar espaços vazios. Se Lourenço deixa o espaço vazio, outros ocupam esse espaço. Começou Venâncio, seguiu Higino, agora está Nandó e Matross. Outros se seguirão, estabelecendo a confusão.

A oportunidade existe em Dezembro de 2024 para se estabelecer um caminho. Esse caminho é preciso para acabar com a anarquia e os ratos que assomam à borda do navio para o abandonar ou não.

É essa certeza que se espera de João Lourenço. Saber o que quer e para onde vai, e dizer-nos.