Já se vem especulando há algum tempo que o atual Presidente da República de Angola, João Lourenço (JLo), após terminar o seu segundo mandato em 2027, irá muito provavelmente, ocupar um cargo de relevo numa organização internacional, ligada ao continente africano. Naturalmente que o cargo de Presidente da Comissão da União Africana (UA) será o mais apetecível, sem embargo, poder ser apontado para outras direções, não sendo de excluir uma posição além África.
Contudo, e caso JLo, siga o rumo de uma carreira diplomática internacional, a UA será certamente o destino mais apetecível.
Não se pense, no entanto, que JLo terá o lugar garantido de Presidente da Comissão da UA, apesar de, verdade seja dita, ter granjeado mais simpatias e notoriedade no plano internacional em detrimento de Angola, onde a sua governação sofre forte contestação.
O líder da oposição queniana, Raila Odinga, afirmou agora, que vai deixar a política nacional para se concentrar na sua campanha para o cargo de presidente da Comissão da UA. O veterano líder da oposição do Quénia anunciou que o seu tempo na política queniana terminou por agora, uma vez que pretende ocupar o cargo mais alto da UA.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros do Quénia, Musalia Mudavadi, afirmou que o Presidente William Ruto irá lançar formalmente esta semana a candidatura de Raila à presidência da Comissão da UA. Raila, que se candidatou sem sucesso à presidência do Quénia por cinco vezes desde 1997, mostrou-se confiante com a aproximação das eleições.
Raila enfrentará, pelo menos, três outros candidatos na corrida, incluindo o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Djibuti, Mahmoud Ali Youssouf, Anil Kumarsingh Gayan, das Maurícias, e Richard Randriamandrato, de Madagáscar.
Independentemente de quem saia vencedor desta disputa, uma coisa é certa. Caso JLo, decida em 2027, enveredar por uma carreira internacional, avançando para uma candidatura à presidência da Comissão da UA, o caminho para lá chegar está cada vez mais espinhoso.