Já se afigura como uma nova realidade para o futuro próximo, a divisão da província de Luanda em duas. O grande mentor desta ideia é o partido do poder, o MPLA. É por demais evidente que a derrota nas últimas eleições, causou ‘amargos de boca’ ao MPLA. Esta divisão, por mais que, eventualmente possa ser benéfica (será mesmo?), não é com toda a certeza uma prioridade para Angola.
A proposta de divisão administrativa em Luanda, está a reflectir perspectivas divergentes da sociedade civil e dos partidos políticos. Esta proposta visa transformar vários municípios numa única província, mas as opiniões sobre esta questão são díspares.
O MPLA, afirma que a maioria dos luandenses apoia a medida para melhorar a governação de proximidade e garantir melhores condições de vida. No entanto, a oposição, designadamente a UNITA, argumenta que a população é contra a iniciativa, citando questões históricas e antropológicas não consideradas na proposta.
Os cidadãos entrevistados expressam as suas opiniões sobre a proposta, com alguns afirmando que a criação de novas províncias e municípios não resolverá os problemas da população. Alguns acreditam que a proposta foi influenciada pelos resultados eleitorais, enquanto outros defendem a implementação de autarquias locais como solução para os desafios enfrentados pelos municípios.
Os parlamentares do MPLA destacam que a proposta visa combater as assimetrias na capital angolana e contribuir para a inclusão social, reconhecendo a desigualdade social e as dificuldades enfrentadas pelo governo provincial em atender às necessidades da população de Luanda. Por outro lado, a UNITA enfatiza que as divisões anteriores não resultaram em melhorias significativas nas condições de vida dos cidadãos e alega que as questões culturais e económicas não foram devidamente consideradas na proposta atual.
Os vários pontos de vista dos munícipes reflectem a diversidade de perspectivas em relação à proposta, com alguns a expressar o apoio à divisão política e administrativa, enquanto outros questionam a sua eficácia em abordar os desafios reais enfrentados pelas comunidades. Uma coisa é certa; estamos perante uma matéria que não é prioridade, face a outros assuntos que são muito mais urgentes.