O bicampeão Eliud Kipchoge está pronto para fazer história nos Jogos de Paris 2024, tornando-se o primeiro homem a ganhar três medalhas de ouro na maratona olímpica.
Kipchoge, antigo recordista mundial da maratona, escreverá em França mais um capítulo da sua carreira de corredor, ao tornar-se o primeiro e único queniano a competir em cinco Jogos Olímpicos.
Para ele, os Jogos Olímpicos são muito mais do que apenas ganhar.
“Não se trata apenas de ganhar, mas o mais importante nos Jogos Olímpicos é também a participação. Pessoalmente, quero fazer do meu país um país de corrida e do mundo um mundo de corrida.”
O vencedor da Maratona de Tóquio deste ano, Benson Kipruto, e o campeão da Maratona de Londres, Alexander Munyao, vão correr ao lado de Kipchoge na maratona masculina queniana.
E Kipchoge disse que vão tentar uma conquista sem precedentes do pódio olímpico em Paris.
“Penso que os meus colegas de equipa são muito bons, são atletas de alto nível, enérgicos e disciplinados. Acredito que vamos competir bem e subir ao pódio”, afirma.
O bicampeão olímpico está, no entanto, atento à ameaça que representam os rivais, especialmente os atletas da Etiópia, do Uganda e os corredores com raízes na África Oriental que vão competir pelo Bahrein, Qatar, EUA e Cazaquistão, entre outros.
“Respeito todos os outros concorrentes. Toda a gente que está nos Jogos Olímpicos é um atleta olímpico e representa o seu país. Não posso menosprezar ninguém”, afirma.
Kipchoge competiu pela primeira vez pelo Quénia nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, onde ganhou o bronze nos 5.000 metros masculinos.
Subiu para a prata na mesma prova nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, mas não conseguiu qualificar-se para os Jogos Olímpicos de Londres 2012, tanto nos 5.000 como nos 10.000 metros.
O fracasso na qualificação para Londres levou-o a decidir mudar para a corrida de estrada e, em 2013, ganhou na sua estreia na maratona em Hamburgo.
O que se seguiu foi um recorde inigualável na maratona, com 15 vitórias em 18 maratonas, incluindo 12 vitórias nas Marathon Majors e estabelecendo o recorde mundial duas vezes.
No Brasil, Kipchoge tornou-se o segundo queniano, depois do falecido Samuel Wanjiru, a ganhar o ouro na maratona masculina, antes de regressar para defender com sucesso o seu título nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, em 2021.
A equipa de maratona do Quénia compete a 10 de agosto.