Após uma visita de três dias do Primeiro-Ministro Português, Luís Montenegro a Angola, que culminou com a sua visita a Benguela, onde pode aferir do desenvolvimento daquela que é a principal referência de investimento do regime de João Lourenço (o Corredor do Lobito), pode-se anunciar que, a relação entre os dois países respira saúde, recomenda-se e o ‘irritante’, aparentemente, já é coisa do passado.

O reforço em mais 500 milhões de Euros da linha de crédito Portugal-Angola, que sobe dos actuais 2 mil milhões para 2.5 mil milhões de Euros, e a assinatura de doze acordos de cooperação em diferentes domínios, foram dois arquétipos da boa associação estabelecida entre os dois chefes do governo.

A comprovar isso, atente-se às declarações de Montenegro na despedida: “devo confessar que, numa primeira palavra mais sentimental ou imaterial, estamos a acabar a visita e já estamos com saudades de estar aqui e de poder interagir com as autoridades e com o povo angolano”.

Contudo, não podemos ignorar que, presentemente, o dinamismo económico entre os dois Estados, está longe daquilo que se esperaria, atendendo aos laços histórico-culturais sobejamente conhecidos. Até ao momento, na era Lourenço, Angola tem estado a ganhar mais atenção ao nível de investimentos de países como a Espanha, Alemanha, ou mesmo Turquia, isto se nos cingirmos apenas ao continente Europeu.

Os sorrisos, o afirmar que tudo vai correr bem, e que estamos a cooperar cada vez mais, tem de passar da teoria para a prática. Estejamos atentos!