Os jornalistas quenianos queixam-se que a polícia os está a submeter a uma violência extrema durante os protestos que estão em curso no país.

Segundo vários jornalistas, a polícia disparou gás lacrimogéneo diretamente contra os repórteres que estão a cobrir os protestos. Outros jornalistas referem ter sido agredidos.

Os sindicatos que representam os trabalhadores dos meios de comunicação social exigiram a detenção dos agentes da polícia que consideram responsáveis pelas violações dos direitos humanos, que incluem disparos contra jornalistas, ferimentos e raptos.

Na passada quarta-feira, por exemplo, as imagens mostraram o colunista veterano Macharia Gaitho a ser forçado a entrar num veículo por vários homens. O colunista foi libertado horas mais tarde, na sequência de um tumulto público.

A polícia disse que a detenção de Gaitho foi um caso de erro de identidade, mas Gaitho acredita que a polícia o visava.

Os serviços policiais têm negado ter jornalistas como alvo. “Não visamos jornalistas de forma alguma e o incidente de hoje é altamente lamentável”, lê-se numa declaração publicada no X.

Recordamos que esta instabilidade no país é decorrente do movimento de protesto que se iniciou em resposta a uma lei financeira impopular, mas o seu foco mudou com  apelos à demissão do Presidente Ruto.