O ex-líder da UNITA está outra vez na ribalta da política angolana. Sofre acusações de ambos os lados, MPLA e UNITA, mas como dizia o outro…mais vale que falem mal de mim, do que estar fadado ao esquecimento!

Numa entrevista a uma rádio, Samakuva expressou sua oposição à criação da Frente Patriótica Unida (FPU) devido à falta de respeito a alguns princípios. Ele argumentou que a alocação de 73 deputados para a UNITA, 11 para o PRA-JÁ Servir Angola, cinco para o Bloco Democrático e um para a sociedade civil não beneficiou o principal partido da oposição. Samakuva também comentou que não é contra coligações eleitorais, desde que sejam feitas com base em princípios e após um trabalho sério. Ele afirmou que nunca teve a intenção de ser presidente da UNITA, mas foi pressionado a fazê-lo e que circunstâncias futuras podem levá-lo a se candidatar novamente.

Samakuva discutiu também a Fundação Jonas Malheiro Savimbi (FJMS), mencionando que os seus filhos agradeceram ao Presidente da República, João Lourenço, pelo apoio e apresentaram a proposta da criação da fundação. Ele enfatizou que todos os passos para a criação desta fundação foram comunicados à presidência da UNITA e que o processo de legalização levou dois anos. Samakuva também abordou a sua relação com o Presidente Lourenço, destacando a importância da mudança na forma de pensar dos angolanos.

Ele expressou preocupação em relação à reconciliação nacional, observando que o processo não está progredindo satisfatoriamente e que ainda persistem momentos difíceis de intolerância política. Além disso, também mencionou problemas enfrentados pelos membros da UNITA, como a exigência de cartão do MPLA ao procurarem emprego.

Quanto à campanha eleitoral de 2022, Samakuva explicou a sua ausência. Afirmou que só foi contactado faltando três dias para o término da campanha e comentou sobre os desafios que enfrentou durante seus 16 anos à frente do partido. Ele expressou frustração com a falta de justiça nas eleições, criticou o Presidente João Lourenço por perder a batalha contra a corrupção e mencionou que por enquanto, os seus planos passam pela criação de sua própria fundação.

Em resumo, Isaías Samakuva expressou a sua discordância em relação à criação da FPU, discutiu a FJMS, a sua relação com o Presidente Lourenço, a reconciliação nacional, a campanha eleitoral de 2022 e as suas visões sobre o cenário político de Angola.

Já há algum tempo que Isaías Samakuva não ganhava os ‘holofotes’ dos media, todavia, verdade seja dita, o que vislumbramos nestas declarações, é mais do mesmo.