As privatizações das principais empresas do Estado foi um dos principais desígnios estabelecidos por João Lourenço, quando chegou à Presidência da República. Daqui a pouco chegamos a metade do segundo mandato, e ainda estamos muito aquém das metas definidas.
A Sonangol, várias vezes apelidada da ‘galinha dos ovos de ouro’, sofreu, como se sabe, várias delapidações patrimoniais bem conhecidas e divulgadas, que ainda nos dias de hoje, fazem correr muita tinta.
Não obstante, a rota para a sua privatização, continua a ser bastante lenta, e a enfrentar vários desafios. As intenções do governo angolano de privatizar parcialmente a Sonangol, mantém-se; isso mesmo foi novamente vincado pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo. O ministro afirmou que o plano é dispersar até 30% do capital da Sonangol na bolsa de valores, incluindo ações preferenciais para os trabalhadores da empresa, acionistas individuais angolanos e empresas angolanas.
No entanto, Diamantino Azevedo destacou que existem alguns desafios a serem superados nesse processo. Um deles é a questão dos subsídios aos combustíveis, que impactam negativamente as contas da Sonangol. Outro desafio é o excesso de pessoal na empresa, em torno de 2.000 funcionários a mais do que o necessário.
O ministro realçou que não há planos para demitir esses funcionários excedentes, mas sim encontrar soluções para realocar essa mão de obra, como por meio de investimentos da Sonangol em outros sectores, como energia solar e biocombustíveis. A ideia é aproveitar melhor essa força de trabalho em outras áreas da economia nacional.
Apesar destas dificuldades, o ministro afirmou que a intenção de privatizar parcialmente a Sonangol continua, porém não deu uma data específica para o início do processo de dispersão de capital na bolsa.