O governo da República Democrática do Congo levantou a ordem de suspensão de uma operação congolesa de cobre e cobalto, detida maioritariamente pela empresa chinesa Zijin Mining Group Co. Ltd, de acordo com uma carta do Ministério das Minas.
No mês passado, o Ministério das Minas do Congo suspendeu as atividades do projeto COMMUS, no qual a Zijin detém uma participação de 72%, para investigar os produtos minerais devolvidos da África do Sul devido a níveis de radiação demasiado elevados.
O Ministério das Minas confirmou há uns dias, uma carta enviada ao diretor-geral da COMMUS, datada de 10 de maio, na qual se escrevia que tinha recebido um relatório sobre as conclusões da investigação e que a suspensão tinha sido levantada.
As operações mineiras podem ser retomadas desde que a empresa garanta escrupulosamente que os níveis de radiação se mantêm em conformidade com as normas nacionais e internacionais.
A COMMUS declarou, por correio eletrónico, que tinha recebido a carta do Ministério e que tanto a produção como as exportações tinham sido totalmente retomadas. A empresa também mencionou que não recebeu o relatório mencionado na carta.
O Congo é o terceiro maior produtor mundial de cobre e o maior produtor de cobalto, um componente essencial das baterias para veículos elétricos e telemóveis.
A COMMUS, com sede perto da cidade de Kolwezi, no sul do Congo, produziu 129.000 toneladas de cobre e cerca de 2.200 toneladas de cobalto em 2023, segundo dados do ministério.