As máquinas de jogos ilegais são uma praga nos estabelecimentos comerciais de Luanda, tornando-se um dos principais flagelos da capital. A persistência destas máquinas, conhecidas como caça-níqueis, em bairros de Luanda, reflete aquilo que é useiro e vezeiro na nossa sociedade. O uso da “gasosa” para que atividades ilícitas se mantenham. Neste caso, é ainda mais grave, pois envolve crianças que perfidamente fazem parte deste esquema de ilicitude e corrupção.

Recentemente, uma operação que resultou na apreensão de 510 máquinas e 6 milhões de Kz em moedas veio comprovar que ainda há muito por fazer. Embora a polícia continue a confiscar as máquinas em algumas áreas, muitos proprietários conseguem resgatá-las mediante o pagamento de subornos nas delegacias.

A presença policial reduziu o negócio em certas partes da cidade, mas em bairros periféricos, a atividade ilegal persiste, atraindo principalmente crianças como clientes. Donos de estabelecimentos relatam que as crianças frequentam os jogos, e alguns suspeitam que elas possam estar obtendo moedas dos pais para jogar. Embora não sejam os proprietários das máquinas, os comerciantes lucram significativamente com o negócio.

Quando as máquinas são apreendidas, os proprietários dos espaços comerciais afirmam que os donos das máquinas resolvem o problema com a polícia, geralmente pagando determinadas quantias para recuperá-las. O Serviço de Investigação Criminal (SIC) reconhece a dificuldade em acabar com esses negócios ilegais e realça a necessidade de esforços contínuos, pois envolvem crimes financeiros e afetam menores de idade.

O porta-voz do SIC também pede a colaboração da população e alerta os proprietários de bares para impedir o acesso de crianças aos locais onde as máquinas estão instaladas. É fundamental continuar a recolher essas máquinas e direcionar os valores recuperados para o estado.

É fundamental uma abordagem abrangente para lidar com este problema para acima de tudo, proteger as crianças em Luanda.