O relatório do Banco Mundial (BM), ‘Pulsar de África’, no que diz respeito à economia de Angola, prevê um crescimento de 2,8% em 2024, impulsionado pelo sector não petrolífero, devido à queda esperada de 2,5% na produção de petróleo.

O relatório sublinha também que as pressões inflacionárias devem persistir, apesar de diminuir no final do ano. Além disso, menciona que a recuperação de Angola é a quarta mais rápida na região, atrás do Níger, Senegal e São Tomé e Príncipe.

O enfraquecimento das moedas nacionais na África Subsaariana é igualmente destacado, com Angola, Malawi e Sudão do Sul entre os países com pior desempenho, seguidos pela Nigéria.

Não obstante, o relatório salienta que a recuperação económica na região, este ano e em 2025, será impulsionada pelo consumo privado, beneficiando da queda da inflação. No entanto, o BM expressa bastante preocupação com os níveis elevados de dívida pública na região, que dificultam o investimento em sectores essenciais para o desenvolvimento económico.

Embora o rácio da dívida sobre o PIB deva diminuir, metade dos países africanos enfrentam problemas de liquidez externa, fardos insustentáveis de dívida ou buscam ativamente reestruturar suas dívidas.

Um outro aspeto realçado, é que o financiamento externo tornou-se mais caro após a pandemia, isto apesar da queda gradual das taxas de juros, exemplificando com o aumento das taxas de juros em novos ‘eurobonds’ emitidos pelo Quénia. A emissão de ‘eurobonds’ pelo Quénia, faz parte de uma estratégia que visa conseguir gerenciar a sua dívida pública e garantir a estabilidade financeira.

Este relatório foi apresentado nas vésperas dos Encontros da Primavera do BM e do Fundo Monetário Internacional, que irão decorrer na próxima semana em Washington.