O MPLA e a UNITA, são pródigos em discutir assuntos que no final das contas são uma “mão cheia de nada”, e que em nada contribuem para o desenvolvimento do país.
O MPLA, através do governador da província do Cuanza Sul, Job Capapinha, veio argumentar num evento partidário, que caso a UNITA chegasse ao poder, os roubos ao erário público seriam ainda maiores que aqueles efetuados até à data, e que o Governo procura combater.
Estas palavras, como seria de esperar, irritaram bastante a UNITA. O principal partido da oposição veio a terreiro, defender-se, e por intermédio do primeiro secretário provincial da UNITA no Cuanza Sul, o também deputado à Assembleia Nacional Armando Caquepa, afirmou que, na realidade, o partido que lidera os destinos de Angola desde a sua independência, está a assumir que comete roubos em “grande escala”, e que as declarações de Job Capapinha, “são declarações infundadas, sem lógica, sem estratégia nenhuma, são declarações de alguém que perdeu a direção e que não tem futuro”.
Os dois partidos que têm vindo a dominar o cenário político desde 1975, deveriam ter vergonha de estarem sempre com estas trocas de acusações, especialmente nesta matéria que envolve roubo do erário público. Ambos têm ‘telhados de vidro’, o passado não abona nenhum dos partidos, muito pelo contrário. Este episódio que teve como protagonistas políticos do Cuanza Sul, faz lembrar aquele ditado popular bem conhecido ‘diz o roto ao nu’!
É cada vez mais evidente que os angolanos precisam de um outro caminho. Assistir a estas querelas permanentes, não tem colocado o país na direção do desenvolvimento, que no fundo é aquilo que todos ambicionamos.