Em 2021, a ENSA já estava no radar do governo para a sua privatização. O processo de privatização da seguradora ENSA, foi inicialmente planeado para alienar 51% das ações do Estado. O processo enfrentou vários desafios devido ao impacto da pandemia de covid-19 no contexto económico e financeiro. Devido à falta de concretização dos objetivos pretendidos, o Governo decidiu encerrar o processo de privatização por concurso e optou por adiar a alienação em bolsa para maximizar o valor da empresa.

Posteriormente, foi autorizada a alienação de 30% do capital da seguradora por meio de uma Oferta Pública Inicial na Bolsa de Valores. O IGAPE (Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado), responsável pela execução do Programa de Privatizações, anunciou a intenção de promover um novo processo de privatização, buscando maximizar o valor da ENSA e fortalecer sua estratégia de crescimento como empresa líder no mercado de capitais angolano.

O IGAPE propôs avançar com a alienação das ações, preferencialmente por meio de um procedimento em bolsa de valores, visando atrair parceiros da indústria e pequenos subscritores, incluindo os colaboradores da empresa. Além disso, o Presidente da República assinou um despacho que reserva 2% das ações para a aquisição especial pelos trabalhadores.

Segundo o IGAPE as perspetivas futuras associadas à abertura do mercado de ações na BODIVA, apontam para uma expectativa de que esses fatores contribuirão significativamente para a valorização da ENSA e a maximização dos resultados económicos e financeiros da privatização, aproveitando as mudanças macroeconómicas em Angola para um novo ciclo de crescimento.