O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) voltou a dar-nos um ‘banho’ de realidade sobre Angola. A população angolana está cada vez mais pobre que se traduz numa deterioração da qualidade de vida do cidadão.

A pontuação de Angola no IDH do ano passado, que é medido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), continua a dar-nos uma péssima classificação: a pontuação de Angola aumentou em relação a 2022, mas o país caiu dois lugares, indicando que outros países estão a progredir mais rapidamente em desenvolvimento humano.

A expectativa de vida dos angolanos aumentou ligeiramente, para 61,9 anos, após uma tendência de queda. No entanto, a crise económica e financeira impactou negativamente a qualidade de vida, levando às condições precárias de vida sobejamente conhecidas.

Motivos para o decréscimo da qualidade de vida, infelizmente não escasseiam – falta de acesso a serviços de saúde, educação e alimentos adequados. Além disso, o rendimento per capita continuou a diminuir, resultando em um aumento da pobreza no país.

Angola é classificada como um “aluno mediano” no contexto do Índice de Desenvolvimento Humano, com uma pontuação de 0,591. A alta taxa de natalidade na adolescência e a taxa de mortalidade materna são mencionadas como fatores que contribuem para o contexto de pobreza no país.

O país também ocupa o 14º lugar no ranking da taxa mais alta de pobreza multidimensional, levando em consideração a falta de capacidade financeira das pessoas e seu acesso a alimentos, educação, cuidados de saúde e habitação.

Com uma realidade destas, continuamos estupefatos perante aquilo que vai sendo retratado pelo governo nos últimos anos. Apesar de existirem alguns sinais de desenvolvimento, eles ainda são muito ténues. Não dá para vivermos diariamente num mundo de fantasia, por muito atraente que ele possa ser.