O Secretário de Estado dos Recursos Minerais de Angola, Jânio Correia Vítor, foi o portador desta notícia, justificando tal situação, devido aos serviços de otimização e condicionamento da central de tratamento do Sociedade Mineira do Luele e à reestruturação de alguns projetos.
Na prática, a produção diamantífera caiu 21 % no ano passado, e as receitas brutas das exportações, reduziram 20 % face a 2022. Essas receitas traduziram-se em aproximadamente 1,5 mil milhões de dólares, e a sua diminuição foi justificada pela redução dos preços no mercado face ao ano anterior. Contudo, as exportações diamantíferas chegaram a aproximadamente 9,91 milhões de quilates, e neste caso representa um acréscimo de quase 12% comparativamente ao ano anterior.
E se formos atentar à informação fornecida por uma das empresas que explora a mina do Lulo na Lunda Norte (conhecida como a fonte dos diamantes raros), os resultados da produção de diamantes em bruto, cresceu 48% em 2023. A australiana Lucapa Diamond Company, que gere a mina em sociedade com a Endiama e a Rosa & Pétalas, salientou que a extração de gemas em bruto cresceu no Lulo, de 153 mil para 228 mil quilates, em comparação com o mesmo período de 2022.
O Lulo tem virado o panorama da produção diamantífera no país, sobretudo devido a uma extração extraordinária de gemas em bruto com mais de 100 quilates, sendo seus os 10 maiores diamantes alguma vez produzidos no país. O maior deles tinha 404,2 quilates, quando descoberto em 2016, é a maior pedra alguma vez encontrada no país e o 27º maior do mundo nessa escala.
Os principais destinos dos diamantes angolanos foram os Emirados Árabes Unidos (72%) e a Bélgica (26%).