A Procuradoria Geral da República (PGR), através do seu Presidente, Hélder Pitta Groz, não traz novidades nenhumas sobre o desenrolar do processo de investigação que envolve o Presidente do Tribunal Supremo (TS), Joel Leonardo; por outro lado, realça que a conclusão do processo da ex-presidente do Tribunal de Contas está para breve.

Este ziguezaguear de atitudes de Pitta Groz já não é novidade para ninguém, contudo, cada vez que observamos este tipo de comportamento, só podemos censurá-lo.

Já em relação a Joel Leonardo, que tem vindo a negar todas as denúncias veiculadas contra si, sobretudo aquelas que pululam nas redes sociais, continua a sustentar o seu lugar baseado na confiança depositada em si, por parte do Presidente, João Lourenço.

Um relatório preliminar elaborado pela PGR e que veio à baila, aponta várias irregularidades, designadamente várias transferências monetárias “irregulares”, nas quais um dos protagonistas é o próprio presidente do TS. A investigação de peritos da PGR, traz a lume alegados atos criminosos envolvendo, não só o presidente do TS, como também juízes-conselheiros do órgão superior de justiça.

Perante tais circunstâncias, a PGR não pode fingir que não se passa nada e ‘assobiar’ para o lado, e aplicar dois pesos e duas medidas, conforme lhe convenha. Se o sector da justiça quer ganhar ainda um pouco de credibilidade, tem de começar por colocar nos cargos máximos de autoridade, indivíduos competentes e impolutos. Sem embargo, o que tem prevalecido é a dúvida, desconfiança e impunidade.