O desemprego em Angola, um dos principais sufocos que tem fustigado o país continua em alta. Apesar das promessas constantes do governo de estar a tomar medidas que o amenizem, as últimas notícias não são boas.

 No último trimestre de 2023, a taxa de desemprego aumentou 2,2 %, atingindo 31,9 %, sendo que 80,5% dos empregados trabalham no sector informal, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano.

Estes dados, que não eram divulgados desde 2022, apontam também que a taxa de emprego informal é maior na área rural que na área urbana, com 95,5% e 69,2%, respetivamente.

O país está com 5,4 milhões de pessoas desempregadas, divididas entre 2,5 milhões de homens e 2,9 milhões de mulheres. Segundo o INE, o desemprego no sexo feminino é ligeiramente mais elevado do que no masculino. “A taxa de desemprego na população com 15 ou mais anos foi estimada em 31,9%, sendo mais elevada para as mulheres, 33,2%, comparando com os homens 30,4%”, o que revela uma diferença de 2,8 pontos percentuais”.

Muito preocupante também, é o facto de a taxa de desemprego nos centros urbanos ser quatro vezes superior às áreas rurais – 42 % vs 11,4 %.

Quando comparado o último trimestre de 2022 e o de 2023, o INE destaca que “a população desempregada aumentou 11,1%, em relação ao trimestre homólogo” e que “a taxa de desemprego aumentou 2,2 pontos percentuais, que corresponde a uma variação de 7,5% em relação ao período homólogo”.

Em suma, até à data, o combate ao desemprego e à informalidade está-se a revelar infrutífero, ou pelo menos, as medidas tomadas ainda não estão a promover os resultados desejados. Chamamos a atenção que combater a economia informal, por si só, não é a garantia de melhoria da qualidade de vida do angolano. Para o cidadão o angolano, o mais importante é conseguir prover para a sua família o “ganha pão” diário, de forma a conseguir sobreviver.