O partido do governo, o MPLA que controla os destinos de Angola desde a sua independência, está preocupado com as próximas eleições que irão ocorrer em 2027. Principalmente nas províncias onde saiu derrotado, Luanda, Zaire e Cabinda.

A sua agenda política para 2024, será apresentada no distrito urbano da Camama, município de Kilamba KIaxi, no próximo dia 3 de Fevereiro. Segundo a direção do partido, a agenda “vai cingir-se ao trabalho de apoio às políticas de governação, que visam melhorar as condições sociais dos cidadãos independentemente da sua filiação partidária”.

A direção do partido está incomodada com os resultados das últimas eleições. A capital, Luanda, que era o principal “porto seguro” do regime, deixou de ser o principal bastião do poder do MPLA, e é neste momento a principal dor de cabeça dos “camaradas”.

O MPLA almeja reafirmar o compromisso com o lema “trabalhar mais e comunicar melhor”, mediante ações permanentes nas comunidades. O MPLA que lidera os destinos do país tem apelado nos últimos tempos a um maior dinamismo no funcionamento das estruturas de base do partido a nível do País. Os resultados até à data são questionáveis, pois apesar de termos vindo a assistir a alguns fogachos de revolta no interior do partido perante os eternos problemas que afligem a sociedade angolana, também verificamos desunião e falta de rumo.

A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, afirmou que o seu partido já fez uma avaliação profunda em relação aos resultados das eleições gerais de 2022. Isso é o mínimo que se deseja. Mas, mais interessante seria o executivo avaliar seriamente os problemas prioritários que afligem as comunidades dos municípios de Luanda (desemprego, recolha do lixo, fornecimento de água, infraestruturas, transportes, segurança, entre outros) e trilhar de uma vez por todas um caminho que seja mais competente e diligente, em vez de se perder numa retórica de bom palavreado.