Angola e China celebraram um acordo em Pequim que tem como designação a “Promoção e Proteção Recíproca de Investimentos (APPRI)”, e que tem como finalidade estimular o fluxo de capitais e o desenvolvimento económico entre os dois países. O APPRI foi assinado pelo ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, e pelo ministro do Comércio da República da China, Wang Wentao.
Segundo nota do ministério das Relações Exteriores (MIREX), este acordo jurídico visa também “garantir um quadro estável, transparente e não discriminatório para o investimento entre Angola e a China”. Em abono da verdade, o APRI reflete aquilo que era ambicionado pelo executivo angolano: representa um ganho muito importante para os dois países, a nível político, económico e comercial.
Diga-se aliás, que este documento vai realçar a importância de prever meios e procedimentos eficazes para proteger os direitos e interesses em matéria de investimento, ao abrigo da legislação nacional, bem como através da arbitragem internacional, de forma a assegurar a estabilidade e confiança entre os investidores dos respetivos países.
A balança comercial entre os dois estados registou um crescimento em 2022 de 23,3% que se refletiu em 27,34 mil milhões de dólares. O MIREX salienta que estes valores “espelham a solidificação da cooperação consecutiva e longínqua com a China, o que torna Angola no segundo maior parceiro comercial do gigante asiático e maior fornecedor do petróleo bruto em África”. Recentemente tem-se o café, a cerveja, o granito e outras especialidades de Angola, produtos que vão surgindo sucessivamente no mercado chinês.
O MIREX destaca igualmente a cooperação que se tem desenrolado em projetos que estão em curso, como por exemplo, como a Central Hidroelétrica de Caculo Cabaça, o Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, o Porto Caio em Cabinda entre outras infraestruturas.
Um outro episódio que demonstra estarmos a viver um período de grande azáfama diplomática entre os dois países, foi a carta do Presidente da República, João Lourenço endereçada ao seu homólogo chinês, Xi Jinping e que teve como intermediários os dois ministros das relações exteriores (China e Angola). Na missiva, foi expressado o desejo do reforço da amizade entre os dois países que está a ser desafiada por uma aproximação estratégica de Angola aos Estados Unidos.