Historicamente isto nunca aconteceu, aliás isso tem sido bem vincado pelo executivo angolano. As decisões tomadas pela OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) foram sempre respeitadas por Angola, deixou claro o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.

Mas, qual a razão para termos agora este diferendo entre a OPEP e Angola? A razão deve-se à divergência de valores existente entre aquilo que o país quer produzir diariamente em petróleo e o que a OPEP quer determinar para os próximos tempos. Angola rejeitou a quota de produção petrolífera atribuída pela OPEP e protestou oficialmente pela decisão tomada. A organização apresentou uma meta de 1.110 mil barris/dia, enquanto Angola quer produzir mais 70 mil barris. A OPEP argumenta que Angola, Nigéria e Congo Brazaville não têm capacidade de cumprir quotas que lhe foram anteriormente concedidas e que eles não cumpriram por falta de capacidade.

Estas divergências levaram a que o ministro Diamantino Azevedo acabasse por não participar na reunião da OPEP realizada em Viena.

Angola salientou que vai continuar a produzir 1,18 milhões de barris/dia ao contrário da quota de 1,11 que lha foi atribuída. Numa carta endereçada à organização o ministro angolano disse que a decisão da redução da quota de Angola não tinha sido tomada por unanimidade.

Por enquanto, a organização não deu resposta ao protesto angolano. Aguarda-se com expetativa o desenlace final deste braço de ferro entre Angola e a muitas vezes designada pelos economistas de organização do cartel petrolífero.