A 3ª edição do Fórum Pan-africano para uma Cultura de Paz e Não-Violência – Bienal de Luanda, um evento que foi organizado pelo governo angolano em parceria com a união Africana e a Unesco terminou ontem, e pode-se fazer desde já um balanço positivo do mesmo.
A Bienal de Luanda visa promover a prevenção da violência e dos conflitos, através do intercâmbio cultural entre os países africanos e o diálogo intergeracional. Este ano a bienal debruçou-se sobre o tema “Educação, Cultura de Paz e Cidadania Africana como Ferramentas para o Desenvolvimento Sustentável do Continente”.
No primeiro dia, o Presidente da República João Lourenço (JLo) destacou que Angola tem desempenhado um papel fundamental na promoção da paz em África, especialmente no país vizinho, a República Democrática do Congo. “Promover uma cultura de paz implica a valorização do coletivo, estimular o respeito pelas diferenças, bem como consagrar a diversidade como fonte de riqueza”, afirmou.
De acordo com um comunicado da UNESCO, JLo considerou este evento “uma plataforma privilegiada de intercâmbio entre diferentes culturas, religiões e modelos sociais, através de sessões interativas e construtivas para identificar, promover e difundir modelos viáveis e inclusivos de resolução pacífica de conflitos a nível do continente africano, podendo servir como uma referência potencialmente inspiradora para outras regiões do mundo”. A organização do evento realçou também o papel importante que o Chefe de Estado angolano tem encetado na promoção da paz e desenvolvimento.
Este ano a Bienal contou com 790 participantes, sendo que, para além da presença de ex Chefes de Estado, estiveram presentes também os atuais chefes de Estado de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe, assim como a Presidente da Etiópia, Sale-Work Zewed, o director-adjunto da UNESCO, Xing Qu, e ainda o presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Mahmat.
O programa do evento foi diversificado: acolheu seis painéis de discussão e outras atividades tais como a 1.ª Conferência Nacional Ecuménica sobre o Resgate de Valores Morais, Cívicos e Religiosos, exposição de obras de arte, bem como momentos culturais.
No comunicado final foi reiterada a necessidade de contribuir para o silenciar das armas no continente africano e o reforço do compromisso da promoção da cultura de paz, educação, cidadania africana, reconciliação e harmonia, como fatores determinantes para o desenvolvimento dos povos africanos.