O Presidente angolano, João Lourenço (JLo), inaugurou ontem, o há muito adiado aeroporto internacional de Angola, nos arredores da capital Luanda, com o início dos voos de passageiros a estarem previstos para o início de 2024.
O Aeroporto Dr. António Agostinho Neto, que recebe o nome do primeiro presidente do país, está localizado a 40 quilómetros a sudeste da cidade, e estava inicialmente previsto para ser concluído em 2017.
No início abrirá para o tráfego de carga antes de começar com os voos domésticos de passageiros em fevereiro, seguidos dos voos internacionais em junho. O custo previsto era de 5 mil milhões de dólares – embora o governo tenha revisto esse valor para 3,85 mil milhões de dólares (cerca de 2,8 mil milhões de dólares na última fase) e terá capacidade para 15 milhões de passageiros por ano.
O projeto foi lançado pelo anterior Presidente, José Eduardo dos Santos em 2005, contudo sofreu uma panóplia de adversidades e contratempos. Finalmente, a obra que marcará para a história, sem sombra de dúvida, o segundo mandato de JLo foi inaugurada.
Refira-se que, para além de já estar determinado o início dos voos de passageiros para 2024, o aeroporto vai ter utilidade imediata; numa primeira fase vai receber operações de carga, seguindo depois uma lógica gradual.
Vão estar disponíveis 31 mangas de acesso às aeronaves para servir os terminais e a zona do Check-in contará com seis ilhas para 94 balcões, sendo 62 para o serviço internacional e 32 para o doméstico.
Com um aeroporto desta envergadura, e estando tanta coisa em jogo, vão-se colocar vários desafios ao executivo angolano. Esta nova infra-estrutura não resolve por si só determinados problemas, tais como a questão da qualidade dos serviços prestados, do atendimento, da restauração, do acomodamento, etc.
Pela frente, ainda temos várias obras e projetos em curso: trabalhos de manutenção e conservação das principais estradas que vão ligar ao novo aeroporto, a linha de caminho de ferro que irá fazer o transporte de passageiros, a linha de metro que vai ligar o Largo da Independência à centralidade do Kilamba, e que terá uma extensão para o aeroporto. Estas e outras obras, são apenas alguns dos desafios que se afiguram pela frente.
João Lourenço e o seu governo terão a partir deste momento que demonstrar a viabilidade económica e social deste novo aeroporto e demonstrar na prática as grandes vantagens deste empreendimento gigante, isto para que daqui a uns anos, Angola não esteja perante um novo “Elefante Branco”.