Saiu uma reportagem sobre o Fundo Soberano de Angola no jornal Expansão referindo-se a um relatório do Banco Mundial apresentado em Fevereiro passado. No essencial, refere que se a gestão do Fundo tivesse adoptado uma mera estratégia conservadora, com a utilização de aplicações financeiras nos principais índices bolsistas internacionais, a capitalização do FSDEA teria subido de 5.000 milhões USD (a dotação inicial) para 6.500 milhões USD. Desde 2012, o FSDEA foi descapitalizado em cerca de 2.900 milhões USD.

Embora se refira essencialmente ao período em que José Filomeno (o filho de José Eduardo dos Santos), e Jean-Claude Bastos de Morais estiveram à frente do Fundo, a actual gestão do Fundo não deixa de ser criticada, fazendo-se uma espécie de continuum.

Em rigor, na actualidade, o Fundo serve para pouco, a não ser remunerar como administradores algumas figuras do passado. Os seus resultados são desastrados, a política de investimentos com retorno baixo. Vê-se claramente que o Fundo é um morto-vivo.

Há duas opções, ou se reforça o Fundo, voltando aos cinco mil milhões de USD de capital, passa-se a realizar uma política de investimentos criteriosa baseada nos índices bolsistas internacionais, e com uma nova gestão não comprometida com o passado e com as roubalheiras do costume.

Ou se extingue o Fundo, alocando o seu capital ao Orçamento Geral do Estado para investimento público.

Como está não vale a pena.