Na sua primeira visita ao Quénia desde que é chefe de Estado de Angola, o Presidente João Lourenço, chega com um pacote de memorandos de entendimento que se forem colocados em prática e desenvolvidos na sua plenitude poderão trazer grandes benefícios para o país.

Desde logo o setor que se destaca mais é o turismo, como aliás foi bem vincado pelos dois chefes de Estado, João Lourenço e Wiliam Ruto, Presidente do Quénia.  Os acordos rubricados incidiram sobre a Vida Selvagem, Saúde, Turismo, Geologia e Minas, Juventude e Desportos, Florestas, Agricultura, Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Petróleo e Gás, Academias Diplomáticas, para a formação e aperfeiçoamento do pessoal diplomático, e Desenvolvimento de Capacidades no Serviço Público.

O Presidente angolano demonstrou grande contentamento com este desenlace ao destacar os pontos de interesses comuns e semelhanças entre os dois países, afirmando que” estes instrumentos abarcam praticamente todos os sectores da Cooperação, que vão desde a Agricultura, Turismo e Ambiente, concretamente a Vida Selvagem, área em que o Quénia domina, perfeitamente, e que nós precisamos de colher a experiência, sobretudo, porque, também, temos parques e integramos o Projecto Okavango/Zambeze, que vai ser o maior projecto nesta área, no nosso país”.

Sobre o turismo, o estadista angolano sublinhou que Angola tem grandes lacunas e falta de experiência, e que por isso poderá aprender bastante com o Quénia, um país bem mais desenvolvido nesse setor. Aliás, João Lourenço também realçou que deveria ser retomada a ligação aérea Luanda-Nairobi, pois perante este cenário criado, devem ser estimuladas as trocas comerciais não só entre os dois países, como no continente africano.

Já o Presidente Ruto destacou no passado sábado, que doravante os cidadãos angolanos vão poder viajar para o Quénia sem necessidade de vistos ordinários. Sobre os acordos assinados o Presidente do Quénia afirmou que estes irão “potenciar as acções a serem desenvolvidas pelas duas nações. Concordamos em aumentar a interacção entre os dois povos, até porque as credenciais democráticas de Angola reflectem as profundas relações”.