No próximo dia 16 de Outubro o Presidente da República vai fazer o seu habitual discurso anual do estado da nação. Este discurso no Plenário da Assembleia Nacional, vai marcar a abertura do Ano Parlamentar 2023/2024. Seguramente que o pessimismo no desempenho da governação de João Lourenço (JLo) nunca esteve tão presente.
Com um “impeachment” a ensombrar as hostes Lourencistas, desencadeado pelo principal partido da oposição – a Unita, e com uma economia estraçalhada no último ano, tendo mesmo levado recentemente o FMI a dar uma reprimenda severa ao executivo angolano, JLo chega a este período da sua governação sem grandes motivos para sorrir.
O discurso do Presidente deverá ser mais do que uma enumeração de uma lista de obras ou de políticas que ainda não se concretizaram. Deverão ser apresentadas propostas concretas sobre o que realmente é para ser materializado em resultados e efetivamente executar aquilo que já é prometido há vários anos: diversificação da economia, maior empregabilidade principalmente da população jovem, melhorias em vários sectores como na educação, saúde, infraestruturas, e claro está, demonstrar de forma cabal que a luta contra a corrupção terá um desenlace final que levará Angola finalmente ao caminho da prosperidade.
Por outro lado, não se pode deixar de censurar o comportamento da Unita, particularmente neste caso criado do impeachment do Presidente. A narrativa criada sem a apresentação de provas palpáveis não deveria ser motivo de orgulho para alguns elementos da oposição, nem mesmo para alguns activistas, cujo principal mérito é fazer barulho.
Desestabilizar a governação sem apresentar alternativas credíveis ou propagandear algumas “bandeiras” de desenvolvimento sem esclarecer os cidadãos angolanos com um planeamento estratégico explícito e realista, não irá alavancar o país para níveis de progresso que nos possamos orgulhar.
Esperemos que na próxima segunda-feira tenhamos novidades que nos deixem com mais esperança no atendimento às necessidades mais prementes do povo angolano.