Em Angola o mercado de produção de trigo vai ganhar uma nova vida, e isso vai refletir-se principalmente no aumento gradual da oferta e no número de agricultores que se dedicam ao seu cultivo.
Com a ajuda do programa lançado pelo Governo, o Planagrão (Plano Nacional de Fomento de Produção de Grãos), em que o principal objetivo é acelerar o crescimento da produção de cereais, o país espera a partir desta premissa reduzir consideravelmente as importações do trigo.
Moxico, Lunda Norte, Lunda Sul e Cuando Cubango, serão as primeiras províncias a beneficiar do Planagrão, prevendo-se que a produção de trigo abranja uma área de 673.970 hectares.
Nos primeiros seis meses deste ano Angola importou 18 milhões 15 mil 812 kg de farinha (de Janeiro a Junho). O país também exportou 7 milhões 529 mil 849 kg de farinha, faturando 5 milhões 43 mil 292 dólares. Os principais países de exportação são o Congo Brazzaville, República Democrática do Congo (RDC) e Portugal. Com efeito, o principal propósito deste plano é garantir a segurança alimentar do país, gerar rendimento e promover a competitividade para transformar Angola, a médio prazo, no maior produtor de grãos da região da África Austral, como sublinhou há alguns meses o Secretário de Estado para a Economia, Ivan Marques dos Santos.
Atualmente Angola tem uma capacidade que assegura o processamento de 1 milhão e 300 mil toneladas de farinha de trigo, ora essa capacidade é superior às necessidades do mercado interno cuja procura está estimada em 700 mil toneladas/ano.