O ano letivo 2023/2024 do Ensino Superior arrancou em Angola e o início das aulas está previsto para o próximo dia 2 de Outubro. Apesar de haver algum otimismo moderado neste início de ano académico, existem alguns aspetos por resolver; a controvérsia e divisionismo prometem continuar a perdurar por mais um ano.
De acordo com o Ministério do Ensino Superior, estão disponíveis pelo menos 230.252 vagas para o ano académico, sendo que 87 % delas pertencem às instituições privadas. O Ministério informou também que, comparativamente ao ano transato, houve um aumento de mais de 30 %.
As principais preocupações de professores e alunos neste início de ano prendem-se com as greves cíclicas que assombraram o último ano e os custos do ensino.
O secretário-geral do Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior de Angola (SINPES), Eduardo Peres Alberto aponta desde logo o dedo ao governo e destaca que as coisas só correrão bem se este executivo tiver a lição bem estudada e ser enérgico nas mudanças. Existe já uma paralisação das aulas marcada para a segunda quinzena de Novembro, por isso o secretário do SINPES incita a comunidade académica a consultá-los, pois tudo aponta para que haja uma greve no dia 10 de novembro, caso o executivo não satisfaça dois pontos primordiais: salários condignos e seguro de saúde.
Estas reivindicações não são novas, muito pelo contrário, desta forma para que não volte a acontecer instabilidade ao longo do ano letivo e se possa acabar com estas quezílias fraturantes, é fundamental que o governo tome medidas.
Sublinhe-se no entanto, a preocupação que a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa teve, quando no seu discurso proferido no Acto Solene de Abertura do ano Académico 2023/2024, ressaltou a importância da digitalização no subsistema do Ensino Superior, uma particularidade essencial que tornará possível o ensino a distância com recurso a ferramentas e-learning.