Se a balança te mostrar que estás acima do peso, a solução mais eficaz é fazer dieta ou simplesmente parar de pesar? Provavelmente saberás a resposta, mas a China escolheu a segunda opção.
Depois das taxas de desemprego jovem baterem recordes consecutivos, o país simplesmente suspendeu a divulgação dos dados.
Na semana transata, o departamento de estatística chinês divulgou os seus dados económicos mensais, mas deixou de lado o desemprego dos jovens de 16 a 24 anos, dizendo que o cálculo precisa ser revisto.
No entanto, isso ocorreu justamente quando esse percentual estava com os seus níveis mais elevados da história, ficando entre 20% e 21% — muitos ainda defendem que, na realidade, esse número é muito maior.
Interromper a publicação de dados evita um lembrete mensal embaraçoso que prejudica o mercado, mas aumenta ainda mais a desconfiança do consumidor.
Considerando o contexto geral, a China sempre foi conhecida por esconder os dados económicos dos quais não sente muito orgulho, mas, no cenário atual, as notícias boas estão a rarear.
Os dados que foram realmente divulgados ficaram abaixo das expectativas, mostrando que o país comandado por Xi Jinping ainda está a lutar para reverter os impactos do isolamento durante a pandemia.
Conclusão: com vários problemas imobiliários, investimentos em queda e um possível declínio na deflação, até o presidente dos EUA, Joe Biden, já apelidou a economia chinesa de “bomba relógio”.
