É quase certo que o país sofrerá consequências económicas e financeiras com grandes impactos sociais, caso não consiga sanar no período de um ano as deficiências observadas nos órgãos que compõem o sistema de combate à lavagem de dinheiro do país.
Alguns analistas políticos defendem que Angola não conseguiu identificar as organizações que promovem o branqueamento de capitais no país para combater a corrupção, o que pode colocar Luanda de novo na “lista cinzenta” do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI). Se prevalecerem as deficiências já identificadas, Angola poderá perder o acesso a divisas, e consequentemente, o país mergulhar numa crise ainda mais profunda.
Isto é, pelo menos, o que está concluído no último relatório do GAFI, apresentado esta semana pela Vice Procuradora-Geral da República, Inocência Pinto.
As autoridades sabem que devem agir com celeridade e dar prioridade à aplicação da lei angolana, que, no plano de ação nacional, inclui seis recomendações na área do branqueamento de capitais e duas na alçada do financiamento ao terrorismo.
Inocência Pinto defende que o principal objectivo é estabelecer uma convergência legal e regulamentar em todos os países da região e garantir o estabelecimento de sistemas eficazes de combate à lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa, bem como avaliar o cumprimento das 40 recomendações do GAFI.