A importação de combustíveis para a comercialização em Angola reduziu 21%, no segundo trimestre deste ano, fixando-se em 1,036 milhão de toneladas métricas (TM), com destaque para o gasóleo e a gasolina.

Do volume adquirido para a comercialização, 68% foi importado, 31% foi produção interna a partir da Refinaria de Luanda e 1% da Cabgoc- Topping de Cabinda, de acordo com o sumário da actividade comercial do mercado dos derivados do petróleo do segundo trimestre deste ano, 2023, apresentado pelo Instituto Regulador de Petróleo (IRDP).

O resumo apresentado esta quinta-feira, pelo director-geral do IRDP, Luís Fernandes, aponta gastos na ordem dos 549 milhões de dólares norte-americanos com a importação dos 68% de combustível, uma quantidade que vai reduzir nos próximos tempos após a conclusão das obras das refinarias de Cabinda, Soyo (Zaire) e Lobito (Benguela).

Em relação a quota de mercado em volume de vendas, a Sonangol Distribuidora e Comercialização mantém a liderança com 63,5%, seguida da Pumangol com 20,9%, a Sonangalp com 7,9% e a TotalEnergies Marketing Angola com 7,7%.

As quantidades de derivados de petróleo foram comercializadas em 872 postos de abastecimento, dos quais 366 de bandeira branca-agentes privados, que representam 42% da quota do mercado.

A Sonangol aparece com 320 postos de abastecimento, detendo 37% do total de postos de abastecimento em funcionamento no mercado nacional.

Este aspeto continua a preocupar os observadores do mercado, pois mantém-se uma situação de oligopólio que permite que os preços estejam mais altos do que deveriam ser em condições de concorrência perfeita.