O presidente William Ruto chegou ao poder no ano passado após uma campanha eleitoral inspirada na qual ele com humor concorreu como o candidato “vigarista” que se poderia relacionar com os cidadãos mais pobres do Quénia.
Mas, a herança de Ruto é pesada e ele está a enfrentar muitas dificuldades. A economia tem graves problemas de dívida e inflação vertiginosa.
Desde que tomou posse há 10 meses, Ruto atrasou o pagamento de funcionários públicos para evitar o incumprimento no pagamento de dívidas, suportou manifestações violentas sobre o custo de vida e procurou aumentar as remessas de moeda forte assinando acordos para que mais quenianos trabalhassem no exterior.
Entretanto, Ruto decidiu suspender a proibição da extração de madeira. Esta decisão tem como objetivo a geração de empregos e a abertura de setores da economia que dependem de produtos florestais. Obviamente, que isto levanta questões específicas sobre a mudança climática e a maneira como os países usam seus recursos naturais.
Ativistas ambientais acusaram Ruto de hipocrisia, já que ele prometeu plantar 15 mil milhões de árvores em 10 anos para combater o aquecimento global e quebrar o ciclo de secas recorrentes.