Gostaríamos de confirmar isso, mas as perspectivas para o próximo ano não são animadoras. Alguns peritos nas áreas económica e política, como Rui Mangovo e Gaspar Fernandes, sublinham a necessidade de o governo angolano reavaliar as suas prioridades fiscais para aliviar o sofrimento da população.

À medida que 2025 se aproxima, muitos angolanos enfrentam dificuldades profundas, incluindo fome extrema, pobreza, perda de poder de compra e aumento de preços de bens essenciais, levando ao desespero generalizado. Os cidadãos expressam frustração com os custos exorbitantes, indicando que os preços dos alimentos básicos são tão altos que parece que estão a comprar em dólares americanos em vez da moeda local. Muitos indivíduos optam pelo trabalho informal, como moto-taxistas e vendedores, para sobreviver em meio à diminuição de oportunidades e salários estagnados.

Existem problemas sistémicos, particularmente no que diz respeito à distribuição desigual da riqueza nacional e à inadequação do orçamento de 2025 para os sectores sociais. A dependência do governo no pagamento da dívida em detrimento do enfrentamento da pobreza, é um dos principais embaraços que o governo continuará a ter que lidar no próximo ano.

Um outro aspecto a levar em consideração, é que sem reformas substanciais para combater a corrupção e aumentar a independência judicial, nenhuma iniciativa produzirá melhorias significativas.

Com 2025 no horizonte, fica claro que, sem mudanças urgentes e substanciais na política e na governação, os desafios económicos e sociais enfrentados pela população angolana provavelmente persistirão e piorarão.